terça-feira, 1 de abril de 2025

TEMA 1- EDUCAÇÃO DIGITAL E ECOSSISTEMAS DE APRENDIZAGEM EM REDE

 


HABITAR O DIGITAL

CAMINHOS PARA UMA EDUCAÇÃO MAIS HUMANA


Partindo das primeiras inquietações que registei no fórum “Sala de Aula Virtual Assíncrona - Tema 1”, fui desenhando um percurso de reflexão em rede sobre os Ecossistemas Digitais de aprendizagem.

A imagem inicial (“Ponto de Partida”) representa o início deste caminho. A seguir, partilho o mapa mental que me ajudou a organizar ideias e, mais adiante, desenvolvo em texto as principais questões, inspirações e aprendizagens que fui construindo - a partir da minha experiência, dos colegas e das provocações do professor António Moreira.

Uma viagem onde cada balão é uma ideia em movimento, um convite à reflexão e à ação pedagógica consciente. Por fim, a linha do tempo que identifica o processo...

 


Ponto de Partida

Surgem as primeiras inquietações com a análise e reflexão dos recursos partilhados pelo professor António Moreira. A partir dessa base conceptual, iniciei a minha participação no fórum, onde começou a construção do meu pensamento sobre os ecossistemas.


Imagem 1. (gerada pela IA) - O início da minha reflexão, um ponto de partida pessoal, a partir do qual o pensamento foi 
ganhando forma e densidade.




UM OLHAR VISUAL SOBRE OS ECOSSISTEMAS DE EDUCAÇÂO DIGITAL


Imagem 2. (criada no Canva) - Este mapa resume as principais ideias e conceitos desenvolvidos ao longo do fórum, articulando experiências, reflexões e contributos partilhados. A partir das inquietações iniciais, organizei o meu pensamento num mapa mental que sintetiza as principais ideias e conceitos desenvolvidos ao longo do fórum, articulando experiências, reflexões e contributos partilhados. Os balões articulam a minha experiência com as vozes dos colegas.       




Para além do mapa, construí também uma linha do tempo que espelha o percurso reflexivo que fui trilhando ao longo das várias interações.

Imagem 3. (gerada pela IA) - Linha do tempo reflexiva:  mostra o percurso da minha reflexão, a evolução do meu pensamento ao longo das interações no fórum, dos primeiros questionamentos às sínteses finais.




No texto seguinte, partilho o percurso reflexivo que fui construindo ao longo do fórum - um caminho entre inquietações pessoais, diálogos com os colegas e provocações que me desafiaram a repensar a educação na era digital.


Ecossistemas digitais de aprendizagem: 

do mapa ao pensamento...


Construir um mapa mental sobre o ecossistema de educação digital foi, para mim, mais do que um exercício gráfico - foi uma forma de organizar ideias, esclarecer conceitos e dar visibilidade ao meu percurso reflexivo ao longo deste fórum. Comecei por ancorar-me nas minhas próprias intervenções, pois foi nelas que fui construindo o meu olhar, ao mesmo tempo pessoal e crítico, sobre as transformações em curso na educação. A partir daí, abri espaço para o diálogo com os colegas e com o professor António Moreira, cujos contributos me desafiaram, interpelaram e ampliaram o pensamento. Este texto procura dar corpo a esse processo de reflexão em rede.


 
Habitar o digital: da ferramenta ao habitat


Logo desde o início, senti a necessidade de questionar a ideia de tecnologia como simples ferramenta. O contacto com o pensamento de Luciano Floridi ajudou-me a reconhecer que vivemos hoje imersos numa infoesfera - uma realidade onde o digital não é um suplemento, mas parte integrante do nosso quotidiano. Esta noção levou-me a compreender que o digital deve ser pensado como habitat: um espaço onde se aprende, se interage, se constrói conhecimento e se (re)configura a própria identidade. Daí a importância de criar ambientes digitais habitáveis, que acolham a escuta, respeitem a diversidade de tempos e ritmos, e promovam a co-presença, mesmo em contextos assíncronos.


 

Ecossistemas em rede: humanos e não humanos em interação


A reflexão sobre os ecossistemas digitais ajudou-me a alargar a visão. Já não basta distinguir entre ensino presencial e online; é preciso reconhecer que vivemos numa lógica de educação híbrida, onde diferentes espaços e tempos se interligam, e onde atores humanos e não humanos (como professores, alunos plataformas, dispositivos, algoritmos) coabitam e influenciam os processos de aprendizagem. Nesta perspetiva, as tecnologias não são neutras: participam ativamente na construção do conhecimento, das relações pedagógicas e das oportunidades (ou desigualdades) que emergem no espaço educativo.


 

Disrupção pedagógica: romper com o passado, projetar o futuro

Ao refletir sobre o vídeo do professor António Moreira, entendi que a disrupção de que falamos na educação não é apenas tecnológica - é pedagógica, cultural e ética. Vivemos, como ele afirma, numa era híbrida, de transição, onde se cruzam o analógico e o digital, o passado e o futuro. Esta hibridez desafia as fronteiras rígidas da escola e exige uma educação mais ampla, que vá para além da divisão entre presencial e online. O professor propõe uma visão de educação híbrida plural, onde diferentes pedagogias, metodologias e ferramentas - digitais e analógicas - dialogam. Uma educação que se estende para lá da sala de aula, que se desenha em ambientes líquidos, sem início nem fim definidos, onde a aprendizagem acontece em qualquer tempo e em qualquer lugar. Esta visão convida-nos a repensar profundamente os tempos, os espaços e os modos de ensinar, em coerência com os desafios do século XX.


 Da minha voz às vozes dos colegas: um pensamento em rede

O fórum foi, para mim, mais do que um espaço de partilha — foi um verdadeiro lugar de construção coletiva de pensamento. Através do diálogo com os colegas, fui confrontada com novas perspetivas que enriqueceram a minha reflexão. Algumas intervenções ajudaram-me a compreender o digital não apenas como tecnologia, mas como fenómeno social e cultural que ultrapassa as decisões pedagógicas individuais. Outras alertaram para o risco de reduzirmos a transição digital a uma questão técnica, esquecendo a sua dimensão ética, política e relacional. Houve também quem chamasse a atenção para a urgência de uma formação que prepare professores e estudantes para atuarem com consciência crítica na infoesfera, reconhecendo os desafios da desinformação, da exclusão e da vigilância algorítmica. Este encontro de vozes interpelou-me, desafiou as minhas certezas e ajudou-me a pensar melhor. Percebi que educar no digital exige escuta ativa, intencionalidade pedagógica negociação compromisso coletivo e sensibilidade para o tempo, o ritmo e a diversidade de quem aprende.

Percebi, ao longo do fórum, que é nesse território de dúvida partilhada que se constrói o verdadeiro sentido da aprendizagem em rede.



Referências Bibliográficas

Comissão Europeia. (2021). Plano de Ação para a Educação Digital (2021–2027): Reconfigurar a educação e a formação para a era digital. Publications Office of the European Union. https://education.ec.europa.eu/pt-pt/focus-topics/digital-education/action-plan

 Moreira, J. A. (2022, 30 de setembro). Era Híbrida, Educação Disruptiva e Ambientes de Aprendizagem [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=rxzkv9QW7A8&t=1s




 

 

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