quinta-feira, 8 de maio de 2025

TEMA 2- TECNOLOGIAS PARA A CRIAÇÃO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM





CRIAR PARA APRENDER: TECNOLOGIA

 COM INTENÇÃO

   

  Momento 1   

    Debater em Fórum os Critérios de Seleção de Ambientes Digitais (Desenvolvido na Sala de Aula Virtual Assíncrona  2)


Este post surge no âmbito do Tema 2, que por sua vez incluiu dois momentos distintos de discussão. O primeiro momento decorreu num fórum assíncrono, onde os colegas partilharam reflexões em torno da seguinte questão:

“Que pressupostos e critérios devemos usar para selecionar os ambientes e plataformas digitais mais adequados para construir o nosso ecossistema (híbrido) de aprendizagem?”

A discussão foi dinamizada pelas intervenções dos participantes e pontuada por comentários e provocações do Professor António Moreira, que procuraram estimular o pensamento crítico e aprofundar a análise sobre o tema.

A reflexão que partilho a seguir resulta desse momento coletivo, enriquecido pelos recursos estudados e pela experiência docente que me acompanha. 

Antes de partilhar a minha reflexão, convido-vos a assistir ao vídeo do Professor António Moreira, onde são abordadas questões centrais sobre o papel das tecnologias digitais na educação. Este contributo audiovisual ajuda-nos a recentrar a reflexão pedagógica no essencial: o propósito educativo que deve orientar a integração tecnológica.


Vídeo | Vídeo2 TecnologiasDigitais amoreiraSIED - António Moreira👇



A riqueza das participações no fórum revelou diferentes olhares sobre os critérios de seleção de ambientes digitais, confirmando a importância de articular visão pedagógica com conhecimento técnico. Muitos colegas salientaram a relevância da intencionalidade educativa, da usabilidade e da segurança, bem como a necessidade de contextualização das escolhas tecnológicas face às especificidades dos alunos. A centralidade do professor como responsável pelas decisões tecnológicas com intenção pedagógica foi reafirmada em várias intervenções, sublinhando que a seleção de plataformas e ferramentas não pode ser neutra nem meramente instrumental. Foram ainda apontadas preocupações com a sobrecarga digital, a fragmentação das aprendizagens e a importância de garantir acessibilidade e inclusão. Em síntese, as vozes do fórum convergem na ideia de que tecnologia com intenção  pedagógica é o que transforma os ambientes virtuais em espaços habitáveis e férteis para a aprendizagem.

Estas ideias, tão diversas quanto pertinentes, reforçam a urgência de refletir sobre os princípios que devem orientar a escolha e a utilização dos ambientes digitais.

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Vivemos rodeados de ecrãs, aplicações e plataformas. As possibilidades são infinitas….


Imagem gerada por IA (ChatGPT)


No centro do Tema 2 está uma ideia simples, mas poderosa: as tecnologias digitais em rede não são apenas meios, são ambientes vivos, cheios de potencial para criar experiências de aprendizagem interativas, significativas e até memoráveis.

Hoje, o professor não tem de ser apenas consumidor de ferramentas criadas por outros. Pode escolher, adaptar, reinventar ou até criar os seus próprios ambientes digitais de aprendizagem, alinhados com os objetivos que pretende alcançar com os seus alunos.

Mas atenção: mais tecnologia não significa melhor aprendizagem. Esta abundância de recursos digitais exige discernimento e sentido pedagógico.

O verdadeiro desafio está em saber escolher, selecionar o que realmente faz sentido para os alunos que temos à frente: aquilo que se ajusta ao grupo, ao seu ritmo, às suas necessidades, curiosidades e contextos, e que esteja em sintonia com as intenções educativas que orientam a nossa prática.

Como lembra o Professor António Moreira, no vídeo2 TecnologiasDigitais amoreiraSIED, “…as tecnologias deverão ser auxiliares desse processo educativo…”, mas não devem ser sempre o elemento central nem o motor exclusivo da aprendizagem.

Esta afirmação traz-nos de volta à essência: a centralidade do humano, da pedagogia sobre a técnica, do propósito sobre o aparato.

Esta visão está em sintonia com a proposta de Moreira & Horta (2020), que defendem os ambientes híbridos como processos de inovação sustentada, mais do que apenas misturas de espaços ou recursos, são experiências educativas com coerência, estrutura e intencionalidade.

Por sua vez, o relatório Innovating Pedagogy 2024 recorda-nos que a integração de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial ou a realidade estendida, só faz sentido quando promove aprendizagens mais envolventes, colaborativas e eticamente conscientes.

pedagogia continua a ser o eixo estruturante de toda a inovação.

Criar ambientes digitais é, acima de tudo, criar espaços habitáveis, para os nossos alunos, com estrutura, propósito e um toque humano. E isso começa sempre por uma pergunta essencial:👇👇👇

 


Imagem gerada por IA (ChatGPT)

                                                  

Porque a inovação só faz sentido quando está ao serviço da aprendizagem!


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No post seguinte, retomo o segundo momento da Atividade 2.

 


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    Momento 2   

   Refletir na Sala de Aula Assíncrona sobre a Criação de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (Desenvolvido na Plataforma VideoAnt).


       EDUCAÇÃO HÍBRIDA: 

UM ECOSSISTEMA EM CONSTRUÇÃO COLETIVA

  

Era Híbrida, Educação Disruptiva: Onde aprender deixa de ser um lugar


"Era Híbrida, Educação Disruptiva e Ambientes de Aprendizagem"
(vídeo do Professor António Moreira)


Um convite à reflexão crítica sobre o presente e o futuro da educação.


Neste vídeo provocador, o Professor António Moreira convida-nos a olhar para a educação digital e disruptiva com olhos mais atentos, mais críticos e mais humanos. Ao falar de era híbrida, disrupção educativa e novos ambientes de aprendizagem, interpela-nos enquanto docentes, estudantes e cidadãos da infosfera.

Mais do que conceitos, o vídeo propõe uma nova atitude: pensar os espaços (reais e digitais) como ecossistemas educativos vivos, fluídos e em constante reinvenção.



Vídeo | Era Híbrida, Educação Disruptiva e Ambientes de Aprendizagem - António Moreira👇



🔗 Ver vídeo no You Tube


Educação Híbrida: Um Ecossistema em Construção Coletiva

"Hoje vivemos numa era completamente diferente daquela que era a realidade do século XX." Professor António Moreira

Foi a partir desta provocação que nasceu a nossa atividade de comentário no VideoAnt, centrada no vídeo “Era Híbrida, Educação Disruptiva e Ambientes de Aprendizagem”. O resultado foi um verdadeiro laboratório de pensamento pedagógico: múltiplas vozes refletiram, questionaram e ampliaram os sentidos da educação híbrida na atualidade.
Este texto procura dar corpo a essas vozes, não nomeando, mas integrando-as num percurso comum de aprendizagem, coletivo, plural e crítico. 


PRIMEIRO...


       Perceber a Era Híbrida: das fronteiras fixas às fronteiras líquidas


Os primeiros comentários revelaram um forte impacto do conceito de “educação híbrida” como algo que vai além da junção entre ensino presencial e a distância. Em vez de uma fusão técnica, falou-se de um paradigma relacional, onde espaço, tempo, metodologia e intencionalidade se entrelaçam.
Muitos participantes destacaram a ideia de “fronteiras líquidas”, em que a aprendizagem transborda da sala de aula formal e se distribui por múltiplos ambientes, físicos, digitais, síncronos e assíncronos. Perceber que se aprende em todo o tempo e em todo o lado foi descrito como libertador, mas também exigente.


 

 Imagem gerada por IA (ChatGPT)

 

“A educação híbrida não é só um modelo, é uma atitude.”

“Não basta estar online, é preciso habitar o digital com intencionalidade e presença.”

 

A SEGUIR... 



Habitar o Digital com Pedagogia e Cuidado


   Num segundo plano da discussão, emergiram preocupações com a mediação pedagógica consciente. A tecnologia foi tratada não como um fim, mas como um meio ao serviço da pedagogia, que deve respeitar os ritmos, as emoções e a diversidade dos alunos.      

As metodologias ativas foram amplamente referidas como motor de envolvimento e sentido, mas também se reconheceu a importância de combinar o clássico e o emergente: tablets e cadernos, fóruns digitais e leitura em papel, exposição oral e projetos colaborativos.


“A inovação não nasce do novo pelo novo, mas do equilíbrio entre intenção, relação e contexto.”

“Mais do que misturar, é preciso articular práticas com sentido.”

 

 

Foram ainda apontados desafios estruturais:
- Como assegurar a inclusão em ambientes híbridos, sobretudo no 1.º Ciclo?
- Como garantir que a autonomia exigida pelas plataformas digitais não exclui os mais frágeis?
- Como evitar que o digital uniformize, em vez de personalizar?


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                                              ENTRETANTO...    



Educar com humanidade no digital: o desafio da pegada pedagógica

Várias reflexões confluíram para uma ideia central: ensinar na era híbrida é deixar uma pegada pedagógica digital, marcas de escuta, cuidado e orientação. Um gesto ético, e não apenas técnico.
Este desafio exige formação contínua, criatividade pedagógica e políticas públicas que apoiem verdadeiramente os professores. E, sobretudo, exige que não esqueçamos que o centro do processo continua a ser humano: o aluno, com as suas histórias, os seus tempos e a sua voz.   

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                                                 E AGORA...    

Para onde vamos?

O vídeo do Professor António Moreira foi apenas o ponto de partida. Os comentários da turma mostraram que estamos já a viver, e a construir, esta era híbrida, onde educar implica questionar, combinar, criar e refletir.

 • Como podemos continuar a pensar ambientes híbridos habitáveis, acessíveis e transformadores?
 •  O que precisamos de desaprender para ensinar melhor neste novo ecossistema?
   Estamos mesmo a preparar os nossos alunos para viver e aprender num mundo onlife?

 

 Nota: As frases entre aspas presentes ao longo do texto não correspondem a citações literais de autores, mas resultam de uma síntese interpretativa construída a partir das reflexões partilhadas pelos participantes da turma no fórum VideoAnt e das ideias apresentadas pelo Professor António Moreira no vídeo “Era Híbrida, Educação Disruptiva e Ambientes de Aprendizagem”, no âmbito da unidade curricular  


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Referências 

Kukulska-Hulme, A., Wise, A. F., Coughlan, T., Biswas, G., Bossu, C., Burriss, S. K., Charitonos, K., Crossley, S. A., Enyedy, N., Ferguson, R., FitzGerald, E., Gaved, M., Herodotou, C., Hundley, M., McTamaney, C., Molvig, O., Pendergrass, E., Ramey, L., Sargent, J., … Whitelock, D. (2024). Innovating pedagogy 2024: Exploring new forms of teaching, learning and assessment, to guide educators and policy makers (Innovation Report 12). The Open University.https://elearning.uab.pt/mod/resource/view.php?id=1188835 

 

LabELO – Laboratório Multimédia de Estudos do Local. (2020, 29 de março). Vídeo2 TecnologiasDigitais amoreiraSIED-com António Moreira [Vídeo]. YouTube. https://youtu.be/x6juVIg0dGA

 

Moreira, J. A. (2020). Era híbrida, educação disruptiva e ambientes de aprendizagem [Vídeo]. https://youtu.be/rxzkv9QW7A8

 

Moreira, J. A., & Horta, M. J. (2020). Educação e Ambientes Híbridos de Aprendizagem: Um Processo de Inovação Sustentada. Revista UFG, 20.

 https://doi.org/10.5216/revufg.v20.66027                                                                                                                 

                                      










   





 















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